É possível não ser atingido pela Inflação – Aprenda como AQUI

Infelizmente moramos em um país onde a inflação faz parte do nosso cotidiano.

E sabemos que ela é a maior responsável pela deterioração do nosso poder de compra.

Sei que isso não é nada animador e que você já pensou pelo menos uma vez na vida, na seguinte frase: O que farei se continuar assim?

Como você já sabe, eu prefiro sempre acreditar que Tudo Dará Errado e me planejar pra isso. Prevenção é o melhor remédio. Concorda?

Precisamos nos preparar para que a Inflação alta, independente de quantos anos dure, não corroa nossa vida financeira. Não destrua nosso poder de compra nem o patrimônio que conquistamos com tanto suor, foco e trabalho.

Sim, é possível. Vou ensinar como você fará isso.

Boa leitura!


Como proteger-se da Inflação?

Proteger Dinheiro

Você já aprendeu aqui, que a SUA Inflação, geralmente não é a mesma do índice oficial. E que o índice oficial é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Não existe no mercado um investimento desenvolvido exatamente para seu padrão de vida e sua inflação… Mas existem alguns Indexados ao IPCA.

É claro que de nada adiantaria você possuir um investimento atrelado ao índice oficial de inflação, se ele rendesse somente este percentual. Teoricamente você não perderia, mas também não ganharia. E investimos para Ganhar Dinheiro. Não é?

O mercado sabe disso e oferece a você títulos que renderão IPCA + uma taxa de juros, que pode ser mensal ou anual.

São portanto, títulos pós fixados. Isso significa que quando você investir, não saberá exatamente o valor que acumulará ao final do investimento. Ele renderá um percentual fixo, mas renderá também o percentual do IPCA anual, que oscila bastante.

Não se preocupe com isso, provavelmente nem nossos netos e bisnetos viverão num Brasil com Deflação (Inflação Negativa), logo, você não perderá dinheiro com esse índice indexando seus investimentos.

A ideia de investir nesse tipo de título é a seguinte: Se você investiu num título que paga IPCA + 5% ao ano, significa que terá um rendimento REAL de 5% ao ano.

O rendimento bruto do seu título nos próximos anos, provavelmente ficará perto de 14%.

Mas porque eu disse que seu rendimento seria de 5%?

Porque este é o rendimento REAL. E o que isso significa?

Que você não deve considerar o IPCA na rentabilidade. Se ele mede a inflação, você não ganhou esse percentual, ele foi consumido para cobrir o aumento dos preços de tudo aquilo que você paga mensalmente.

A boa notícia é que você não perdeu TODO seu rendimento com a inflação. Ganhou 5% acima dela.

Fazendo isso, você consegue “blindar seu patrimônio” da inflação, mesmo que o IPCA suba numa proporção maior que a SELIC.

 


Onde investir para obter rendimentos do IPCA + um percentual?

Onde Investir

São 3 opções:

  1. Títulos do Tesouro Direto atrelados ao IPCA.
  2. Títulos privados (de bancos e/ou corretoras), também atrelados a esse índice.
  3. Debêntures que remunerem desta forma.

1) – Títulos do Tesouro:

Já falei um pouco sobre os Títulos Públicos atrelados ao IPCA Neste Artigo. Eles dividem-se em dois tipos: Os que pagam Cupons de juros Semestrais e os que pagam o valor principal + juros, no vencimento do título.

Veja a remuneração e o valor de cada título do Tesouro atrelado ao IPCA em 31/07/2015:

Taxas e Preços NTNB

 

Pra exemplificar o que eu disse sobre o rendimento Bruto e o Rendimento Real, usarei o título NTNB Principal 2024 da tabela acima. Estava pagando 6,61% ao ano + IPCA.

Se você tivesse comprado este título, com essa taxa, em Janeiro de 2015, provavelmente dentro de um ano, você teria um Rendimento Bruto próximo a 16% (sim, o IPCA deve ficar beirando 10% em 2015), mas o Rendimento Real seria de 6,61%. Ou seja, aquilo que você ganhou, acima da inflação.

Lembrando que nesse tipo de título, você receberia o montante + rendimentos somente em 2024 (vencimento do título), se vendê-lo antes, não receberá o percentual contratado. Existe também, incidência de IR sobre o Rendimento dos títulos públicos.

 

 

2) Títulos Privados (de Bancos e/ou Corretoras) atrelados ao IPCA:

Alguns bancos (geralmente os menores) e também as corretoras (usadas para investir no Tesouro), costumam oferecer investimentos que remuneram IPCA + um percentual ao ano.

Em sua maioria são CDBs com vencimentos entre 1 e 3 anos, ou seja, você só pode resgatar o valor investido + os juros, após este período.

As remunerações oscilam bastante entre os bancos. Se você optar por esse tipo de investimento, sugiro que pesquise quais instituições estão oferecendo maior rentabilidade.

 

3) Debêntures com remuneração atrelada ao IPCA:

Sei que ainda não falei sobre Debêntures aqui no Blog, mas elas são uma modalidade de investimento em renda fixa.

Para simplificar muito, a definição seria a seguinte:

“Títulos privados, emitidos por uma empresa, que representam suas dívidas e onde a emissora se compromete a devolver ao investidor, o valor principal, acrescido de juros, em um determinado prazo”.

É uma forma de captação de recursos pelas empresas. Existem Debêntures que pagam um percentual ao ano + o IPCA.

Observação Importante: As Debêntures não possuem garantia do FGC. Se você decidir investir nestes papéis, recomendo que estude bastante sobre eles, e principalmente que pesquise sobre a empresa emissora, tendo em vista que se ela “quebrar”, você não recebe.

 


Conclusão:

Você aprendeu neste artigo:

  • Porque precisa proteger seu patrimônio da inflação;
  • A diferença entre Rendimento Bruto e Rendimento Real;
  • Quais tipos de investimentos remuneram para isso;
  • Como funcionam estes investimentos.

Proteger-se da inflação é fundamental para um futuro financeiro mais tranquilo. Se você ainda não investia pensando nisso, recomendo que comece LOGO.

Espero que você tenha gostado deste artigo e aguardo seus comentários e/ou dúvidas nos campos abaixo.

 

Abraço

ALINE PORTO

 

Sobre Aline Porto

Aline Porto Educadora financeira que passou de devedora a investidora e quer ensinar você a fazer o mesmo