E se tudo der errado? Qual é a saída?
Algumas pessoas dizem que eu sou “Apocaliptica”. Meu irmão brincou comigo esses dias e disse que as NOTÍCIAS do site estão parecendo o Programa do Datena… Só tragédia.
Eu juro que queria escrever notícias boas, mas o cenário não tem colaborado 🙁
Você acompanha nossa página de Notícias Comentadas? Não? Tem que acompanhar. Atualmente tornou-se utilidade pública.
E se você acompanha, certamente tem perdido o sono e pensado exatamente no que vou escrever neste artigo.
Nas aulas de planejamento estratégico na faculdade, aprendemos que o planejamento de uma empresa pode ser feito de três formas:
- Considerando um cenário Otimista, onde tudo dá certo.
- Considerando um cenário Intermediário, onde as coisas não dão sempre certo, nem sempre errado.
- Considerando um cenário Pessimista, acreditando que Tudo Dará Errado.
Num planejamento empresarial, o cenário Intermediário é o mais usado. Não podemos tomar decisões acreditando que tudo dará certo. Mas também precisamos acreditar no negócio e no trabalho que será desenvolvido.
Mas aqui estamos falando de um Planejamento Pessoal. E neste, eu sempre traço o PIOR Cenário. E confesso a vocês que nem os piores cenários de 2014, chegaram perto da “Torre de Babel” que tornou-se a economia brasileira.
E agora? Você está preparado para enfrentar tudo de ruim que pode acontecer na sua vida financeira?
Para saber, responda as seguintes perguntas:
- Como você se manteria se perdesse o emprego hoje? (Não ouse responder que seria com o seguro desespero, ops, desemprego).
- Se você é dono de um negócio, como se manteria se o negócio desse errado?
- E se o motor do seu carro fundir?
- E se seu bichinho de estimação precisar de uma internação e/ou uma cirurgia?
- E se o plano de saúde disser que não cobre a cirurgia que seu familiar fará, e você precisar fazê-la no particular?
Agora você teve certeza que eu sou “Apocaliptica”. Não é? 😉
Felizmente você se enganou. Entenda o porquê de tanto “pessimismo”.
Fiz estas perguntas, para que você refletisse se está financeiramente preparado para imprevistos, que podem ocorrer a qualquer momento, por isso são chamados imprevistos.
E se você não soube responder a alguma dessas perguntas, nunca havia pensado nisso, ou respondeu que iria atrás de crédito para honrar seus compromissos… Está na hora de mudar seus conceitos e suas atitudes. Pelo bem da sua saúde financeira, mental e física.
Acredito que no cenário atual do Brasil, fica mais fácil você perceber que eu não penso em tudo isso porque sou neurótica e paranóica. Trata-se de Prevenção e Planejamento.
Mas afinal, qual é a saída?
A resposta tem apenas duas palavras: Colchão de Segurança.
Mas o que é um Colchão de Segurança?
Apelido dado à uma reserva financeira emergencial, que tem por finalidade, proteger você dos imprevistos.
De quanto deve ser esta reserva?
A maioria dos especialistas em finanças, indicam que esta reserva seja no valor equivalente a 6 meses de seus gastos. Ou 6 salários. Eu recomendo 8. Por quê?
Porque pode acontecer de você perder o emprego e seu carro quebrar ao mesmo tempo (já aconteceu comigo).
Também pode ser que você esteja pagando o conserto do carro com muito sacrifício, e seu cachorro precise fazer uma cirurgia (também já aconteceu comigo).
Espero que você não seja azarado como eu… Mas e se for?
Por isso eu prefiro traçar o cenário Pessimista, no planejamento financeiro pessoal.
Se tudo der certo, você estará tranquilo e com uma reserva financeira rendendo juros. Mas se tudo der errado, você não precisa arrancar os cabelos, porque você se preveniu e fez o seu colchão de segurança.
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Como fazer esta reserva?
Já ensinei você a Poupar até quando não sobra dinheiro. E você lembra-se das regras, certo? Pois é, sem disciplina não há planejamento. Seja na vida profissional ou pessoal.
Então, discipline-se, lembre-se que Ninguém está seguro em seu emprego, nem mesmo funcionários públicos. Lembre-se das perguntas feitas no início deste artigo, e comece IMEDIATAMENTE a construir sua reserva de emergência, antes que algum imprevisto aconteça e você torne-se um Refém das Dídivas.
Onde aplicar meu Colchão de Segurança?
Espero que nem tenha passado pela sua cabeça a caderneta de poupança, afinal você já aprendeu aqui que Poupança Não é Investimento.
Mas como esta reserva é para Emergências, você precisa de um investimento que lhe garanta Liquidez Diária, ou seja, que você consiga resgatá-lo a qualquer momento, caso precise.
Existem dois tipos de investimentos mais indicados para isso:
- CDB, leia nosso artigo explicando tudo sobre ele AQUI.
- Títulos do Tesouro Direto atrelados à SELIC.
No caso de colchão de segurança, gosto bastante do CDB. Apenas porque se você precisar resgatar os títulos do Tesouro no curtíssimo prazo, corre o risco de perder algum valor, devido à variação de preço deste título. E no CDB isso não acontece.
Caso você opte por um CDB de algum banco pequeno, ele também pode render mais que o Tesouro SELIC.
Porém, cabe a cada um decidir o que acha melhor. Ambos são viáveis para um Colchão de Segurança. E você também pode dividir essa reserva, parte em um CDB e parte no Tesouro SELIC.
Conclusão:
Espero que você tenha entendido que eu não sou “Apocaliptica” e que não torço para que as coisas dêem errado em sua vida, muito pelo contrário.
Mas… Não podemos esquecer que… “Merdas acontecem” 🙂
Se você estiver preparado para os imprevistos, eles te causarão pouca dor de cabeça. Porém, se não estiver pronto para eles, virarão verdadeiros pesadelos.
Ufa, eu sei que escrevi bastante, e fico muito feliz que você tenha lido tudo. É um assunto realmente importante para a SUA vida. E agora eu aguardo suas dúvidas e comentários nos campos abaixo.
Abraço
ALINE PORTO